Sempre que se fala em educação é comum se pensar em escola, professor e estudo formal.
O conceito de educação é muito mais amplo. Educação é a maneira que moldamos nossa mente e comportamento para viver em sociedade. Educar é formatar a mente para a melhor performance na vida.
Hoje vivemos um desajuste entre o que se é ensinado na escola e a maneira que a sociedade caminha. Os avanços da ciência, o desenvolvimento cada vez mais rápido da inteligência artificial criam uma lacuna entre o dia a dia de uma escola convencional e o que é necessário saber para viver bem em um mundo dinâmico, inconstante e veloz.
A educação também evolui, pois precisa acompanhar as demandas deste futuro desconhecido. Mas não é da educação formal que estou falando, mas sim de uma outra proposta chamada de educação criativa.
Educação criativa é todo esforço que se faz para uma aproximação com o mundo real no que diz respeito ao aprendizado e desenvolvimento de habilidades.
Ela ainda está timidamente presente em algumas escolas por conta de iniciativas na maioria das vezes individuais, de professores com mente ativa e conectada com o novo. São profissionais que com dificuldade tentam inserir novas práticas e por vezes tentar burlar o currículo engessado e desatualizado a que são obrigados a seguir. Procuram brechas e oportunidades para trazer para a sala de aula aprendizados necessários e atuais.
Como perceber o que não é mais necessário aprender na escola?
Simples. Basta pensar em coisas que no dia a dia não fazemos mais manualmente. Coisas que uma máquina é capaz de fazer com mais rapidez e eficiência. Coisas que não precisamos mais guardar na memória e que estão disponíveis para pesquisa a qualquer momento por qualquer um.
Não precisamos mais armazenar tantos dados no nosso "hd". Podemos deixar a mente livre para criar soluções para o futuro do planeta. Podemos explorar nosso potencial criativo e expandir a mente para um novo nível.
Existe o pensamento que deixando de memorizar dados corremos o risco de ficar menos inteligentes, o que não é verdade. A inteligência também é contingente e deve estar a serviço de necessidades reais e atuais.
A educação criativa é uma nova maneira de ensinar e aprender. Personalizada, objetiva e inovadora.
É descobrir o potencial de cada um e explorar a fundo as melhores possibilidades. É investir em si mesmo para o crescimento pessoal e coletivo.
Alguns são melhores quando ensinados em grupo, outros são melhores autodidatas....e assim por diante. O que importa é que cada um encontre seu lugar no mundo e seja feliz.
Muitas iniciativas extracurriculares se encaixam perfeitamente no conceito de educação criativa: são escolas de programação, robótica, artes e música. São espaços de aprendizado compartilhados onde se desenvolve além do aprendizado técnico, a aplicação real do que se é estudado.
Esperamos que no futuro a escola "formal" rompa as barreiras e invista no aprendizado individualizado também, assim todas as pessoas poderão investir e descobrir seu verdadeiro potencial livre de padrões e métricas injustas.
Cada um é único e tem potenciais únicos que podem ser explorados e desenvolvidos ao máximo. O novo mundo precisa de pessoas assim: Únicas, criativas e inovadoras.